segunda-feira, 28 de junho de 2010

Teremos mais cinemas no Brasil?


Há muito tempo o brasileiro mudou a forma de ver filmes. Nas cidades grandes muita gente, mesmo com a opção de ir ao cinema, prefere ficar em casa assistindo TV ou DVD, mas no interior simplesmente não existem telas grandes. Num país de 180 milhões de habitantes, há apenas 2,2 mil salas de cinema, concentradas em poucas cidades, enquanto na década de 1970 havia pelo menos mais mil salas. Em 1995 esse número caiu para pouco mais de mil salas, e voltou a subir nos anos 2000, com o avanço das salas multiplex em shoppings.

Dados da Screen Digest e da Filme B indicam que o Brasil é apenas o 60º colocado na relação de habitantes por sala: são 86,3 mil ante 7,8 mil nos Estados Unidos. O parque exibidor nacional, destaca o diretor-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Manoel Rangel, volta-se para grandes centros urbanos, deixando de lado as cidades médias. Segundo ele, as distorções se repetem dentro das próprias metrópoles, com regiões mais ricas concentrando os empreendimentos.

Para melhorar esses números, o governo federal lançou o programa Cinema Perto de Você, para criar 600 salas em quatro anos. A ideia é proporcionar políticas para o surgimento desses locais, “que serão financiados desde que o projeto esteja dentro do escopo do programa, em recursos a ser geridos com completa autonomia”, afirma Rangel.

O público-alvo é a emergente classe C, principalmente a que vive nos 89 municípios com mais de 100 mil habitantes e sem nenhuma sala de exibição. Esse universo de brasileiros com renda domiciliar entre R$ 1.115 e R$ 4.808 ganha e consome mais, movimentando a economia, inclusive de lazer.

O projeto envolve R$ 500 milhões, destinados a contratos de empréstimo e investimento, para incentivar o setor privado a erguer cinemas em periferias de grandes centros urbanos e em municípios sem essa opção cultural, por meio de linhas de financiamento no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Inclui isenção tributária na manutenção e construção dos empreendimentos, além da isenção de PIS e Cofins na venda de ingressos e na publicidade, implicando renúncia fiscal de R$ 168 milhões.

Produção nacional – A cineasta Laís Bodanzky, que organiza um projeto de cinema itinerante pelo País, acredita que há um mercado a ser explorado. “Uma vez que você oferece (cinema), as pessoas vão buscar. O público das periferias tem um gosto diferenciado, gosta de se ver nas telas e, como consequência, pode haver uma ventilação do cinema brasileiro”, afirma.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo. Leia mais aqui.



Postou Laila Guilherme – Cinema Brasil

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G-20 discute déficits e manutenção do crescimento global

Charles Dharapak/AFP

O grupo das 20 principais potências ricas e emergentes do mundo que formam o G-20 concordou, neste final de semana, em Toronto, no Canadá, em buscar soluções para a construção de uma economia global mais estável.

Equilíbrio é a palavra que melhor traduz os esforços entre as nações do grupo, que se comprometeram a reduzir o déficit orçamentário pela metade até 2013, sem colocar em risco o crescimento, impondo restrições ao risco bancário sem prejudicar os empréstimos, com o objetivo de reduzir a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) até 2016.

O comunicado divulgado pelos líderes do G-20 prevê que os planos de consolidação fiscal devem ser adotados de acordo com as necessidades e circunstâncias de cada país, e que esforcos devem ser mantidos a todo custo para garantir o crescimento econômico.

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, tomou a frente da delegação brasileira e declarou que ajustes fiscais drásticos demais, especialmente em relação aos países europeus, podem ameacar a recuperação da economia global. No entanto, Mantega admitiu que o documento reflete de maneira satisfatória o ponto de vista dos paises emergentes, que estão preocupados em dar continuidade à consolidação do crescimento mundial.


Postou Cibele Riccomini – Correspondente Internacional – Inglaterra.